Um iracemapolense na final olímpica
Luiz Henrique Dias, o Pinóquio, foi medalhista de prata em Los Angeles, 1984
Publicado em 26 de agosto de 2016
João Victor Longo e Deivid Teixeira
Especial para a Gazeta
Com o término da Rio-2016, fica o gostinho de “quero mais” para quem gosta de Olímpiadas. Do ponto de vista esportivo, os Jogos foram muito bons, com o Brasil conquistando sua melhor performance, embora abaixo da meta do Comitê Olímpico do país.
Mas agora tudo já é passado, ficou para a história. Uma história, aliás, marcada pela luta de grandes atletas ao longo dos tempos. Não é de hoje que os jovens arriscam tudo em busca de uma medalha. E uma dessas histórias, no já longínquo ano de 1984, teve entre seus personagens um goleiro iracemapolense.
Los Angeles, 1984
Nas Olimpíadas de Los Angeles, EUA, a seleção brasileira de futebol conquistou a medalha de prata, ao perder a final para a França por 2 a 0. A Iugoslávia ficou com o bronze, ao derrotar a Itália por 2 a 1.
Entre os atletas brasileiros, estava Luiz Henrique Dias, então com 24 anos. Ele, que é de Iracemápolis, participou das 4 vitórias, 1 empate e 1 derrota que marcaram a campanha.
À Gazeta, Pinóquio concedeu uma entrevista e relembrou momentos do evento.
Como foi a experiência de jogar uma Olimpíada?
LHD: Maravilhosa, com certeza o melhor momento durante minha carreira no futebol.
Como era o ambiente?
LHD: O melhor possível. Era um grupo já formado pelo time do Internacional de Porto Alegre e mais seis jogadores, inclusive eu. Foi só se adaptar.
Aquela seleção mudou sua carreira de que forma?
LHD: Em todos os sentidos. Adquiri mais experiência, confiança e determinação. A autoestima cresce muito…
Os Jogos eram diferentes em termos de mídia?
LHD: Com certeza, não tinha tanta divulgação. O futebol só passou a ser visto após passarmos para a semifinal.
Você jogou com grandes atletas, como Mauro Galvão, Gilmar Rinaldi e Dunga. Já dava para imaginar o potencial desses atletas?
LHD: Sim, eram jogadores de uma personalidade impar, seguros, e todos companheiros, sem falar na qualidade de cada um.
Você se lembra da campanha? Qual o momento mais marcante?
LHD: Da campanha nem tudo, mais do mata-mata com Itália e Alemanha, até chegarmos a final contra a França. O momento mais marcante foi a abertura dos Jogos, foi tudo muito lindo, jamais irei esquecer aquele momento.