Vereadores alertam sobre riscos do cerol
Quem usa o produto pode responder por homicídio culposo, segundo legislação brasileira
Publicado em 24 de julho de 2015
O aumento de crianças e adolescentes soltando pipas e papagaios nos meses de férias preocupa os vereadores Messias Humberto (PPS) e José Carlos Padovan (PSDB) sobre os riscos do cerol e da linha chilena.
Eles entregaram ao sargento Garcia, da Polícia Militar, e ao comandante Gilberto Michel, da Guarda Municipal, um ofício solicitando maior fiscalização e o cumprimento da legislação no combate aos produtos.
Messias e Padovan referem-se à Lei 1196/2000 que proíbe a fabricação, comercialização, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio do cerol em Iracemápolis. Eles lembram que a pessoa que for flagrada com o material pode ser multada em três salários mínimos e, em caso de reincidência, o valor é dobrado.
Riscos
A mistura de cola e vidro é usada para cortar a linha dos “adversários”, mas pode causar ferimentos e até levar à morte em caso de acidentes. Ciclistas e motociclistas são os mais vulneráveis, já que os ferimentos acontecem geralmente na altura do pescoço e rosto.
Durante o acidente, o vidro moído, colado à linha, exerce forte pressão sobre o tecido humano. Considerando que a superfície de contato é muito pequena, o ponto de pressão é concentrado e os cortes são inevitáveis.
“Muitas pessoas morrem vítimas de cerol e linha chilena. Temos que alertar a população e fiscalizar as nossas crianças”, alerta Messias.
Independente do tipo de cortante usado, pode haver implicações legais que recaem sobre a fabricação, comércio e utilização, dependendo da análise do caso, como exposição da vida e da integridade física de terceiros (artigo 132 do Código Penal), lesão corporal (artigo 129) ou homicídio (artigo 121).