Votação das contas de Valmir é suspensa


Publicado em 18 de abril de 2019
 Ex-prefeito usou a tribuna para sua defesa (Foto: Câmara de Iracemápolis)

Ex-prefeito usou a tribuna para sua defesa (Foto: Câmara de Iracemápolis)

A Câmara de Iracemápolis suspendeu, por mais uma semana, a votação das contas do município de 2015. A gestão era do ex-prefeito Valmir Almeida (PSD). De acordo com a Casa, a suspensão foi aceita de forma unânime devido à apresentação de um fato novo. A Câmara decidiria se seguiria ou não o parecer Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) que reprovou os números de Almeida.

O ex-prefeito compareceu à sessão e, por 40 minutos, em média, apresentou sua defesa. Segundo o presidente da Câmara, Willian Mantz (PSD), esse é um direito de ex-prefeitos para que possam apresentar suas explicações.

“A suspensão ocorreu por uma semana porque o vereador Adailson pediu vista do processo. Foi juntado aos dados uma defesa com um vídeo em que o Valmir faz sua defesa no Tribunal. Esse vídeo traz uma informação nova. Nele, o relator diz que se o ex-prefeito juntasse as provas de um pagamento que ocorreu no final do ano, o parecer, então seria favorável”.

Segundo Mantz, o relator sai de licença médica e o que o substitui rejeita as contas. “Como há um fato novo, foi pedida a suspensão e os vereadores aceitaram em unanimidade. O texto volta à pauta na próxima semana”, disse.

Segundo o relatório, a reprovação ocorreu devido a elevados déficits orçamentário e financeiro, falta de liquidez para honrar os compromissos de curto prazo e aumento da dívida fundada, bem como elevação no saldo da dívida ativa, com queda dos recebimentos e divergências nas informações transmitidas ao Sistema AUDESP. Também apontou excesso de alterações do orçamento e da falta de pagamento de precatórios e encargos sociais.

DEFESA

O ex-prefeito falou com os vereadores e mostrou que os indicadores como Educação e Saúde são positivos, assim como o índice constitucional com a folha de pagamento. “Mesmo em crise, fizemos investimento de quase 8% no orçamento para seguir com as obras que estavam paradas e teríamos que devolver milhões devido a espaços parados”, diz Almeida. Também falou que, devido à crise, houve frustração em convênios e, portanto, nos índices de arrecadação.

Para ele, o parecer do TCE é indicativo, mas os vereadores que acompanham a realidade da cidade é que podem aprovar ou não. “Não há dolo para a cidade. Fizemos muito dentro da situação da cidade”. Ele também comentou sobre o vídeo em que o relator apontava para um parecer favorável. “Conclamo aos vereadores a deixar a conotação política de lado e considerar tudo de bom que foi feito ao considerar as ações e não o lado político”, finalizou. Fonte: Gazeta de Limeira

Deixe uma resposta

Você precisa fazer o login para publicar um comentário.