Água na torneira


Publicado em 6 de agosto de 2022

A reclamação dos moradores sobre a pressão da água na torneira é frequente. O trabalhador retorna para casa após um dia de serviço e, ao ir tomar banho, não há líquido a contento.

Não é de hoje que se discute a água em Iracemápolis. Mais críticos, os moradores estão mais atentos a outras questões da área, como a qualidade do tratamento de esgoto, limpeza urbana e recolhimento do lixo doméstico.

A questão municipal se depara com uma federal: recentemente, o Congresso Nacional aprovou o novo marco regulatório do setor, que exige ações de todas as cidades para melhorar a oferta dos serviços básicos. Afinal, é comprovado que, para cada real investido em saneamento, se economiza em outras áreas, como a da saúde.

Bom saneamento é sinônimo de qualidade de vida e prevenção de doenças, mas isso não vem de graça. Sem dinheiro, os dois últimos prefeitos fizeram estudos para verificar a possibilidade de concessão do SAE. Em 2016, a gestão de Valmir Almeida fez um estudo com a Odebrecht. Em 2017, Fábio Zuza fez estudo com a Sabesp e avaliou o investimento em R$ 25 milhões para 30 anos. Nenhum dos estudos técnicos saiu do papel, sobretudo pela polêmica que causaram e o receio de subir a conta de água.

Vale mencionar que o Plano Municipal de Saneamento, iniciativa do ex-prefeito Valmir, já previa em 2013 – há quase 10 anos! – a necessidade de investir perto de R$ 30 milhões para resolver questões de água e esgoto.

Estamos em 2022 e o assunto segue não resolvido. Na campanha eleitoral, a hoje prefeita Nelita Michel disse ter apoio do deputado Miguel Lombardi para resolvê-lo. A população segue no aguardo.

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