Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher

Mayta Castilho
Especial para a Gazeta

Hoje é o “Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher”. A data faz referência a três irmãs, Pátria, Minerva e Maria, que foram assassinadas pelo ditador Rafael Trujilo, na República Dominicana, em 25 de novembro de 1960. Elas lutavam contra a ditadura e em favor dos direitos das mulheres.

Um estudo feito pela ONU (Organização das Nações Unidas), divulgado pela Revista Época, aponta que uma em cada três mulheres já sofreu violência física ou sexual por parte dos parceiros. A pesquisa mostra que 7% das entrevistadas sofreram violência sexual por parte de desconhecidos e 50% já se envolveram em disputas físicas com os parceiros.
A violência contra a mulher vai muito além do estupro e da violência física. A Lei nº 11.340/2006, conhecida como “Lei Maria da Penha”, classifica o abuso nas seguintes categorias: violência patrimonial, violência sexual, violência moral e violência psicológica.

Atitudes como humilhar, diminuir a autoestima, tirar a liberdade de crença, controlar, oprimir, expor a vida íntima, atirar objetos, forçar atos sexuais desconfortáveis, impedir a prevenção da gravidez ou obrigar o aborto, controlar o dinheiro ou reter documentos são consideradas violência doméstica e suas vítimas estão amparadas pela Lei.

Denúncias

A cozinheira Ana Silva (nome fictício), 37, foi vítima de violência física e verbal durante quatro anos por parte do companheiro, usuário de drogas. “Sofri demais. Apanhei grávida. Foram quatro anos de agressões”, conta.

Ela decidiu denunciar os abusos após ser agredida diante da filha de dois anos. Ao ver o desespero da criança, criou coragem e deu queixa do companheiro, de quem desde então está separada.

O exemplo dela pode ser seguido. A melhor forma de combater a violência é denunciando. A mulher que sofre qualquer tipo de abuso deve procurar a Delegacia e registrar um boletim de ocorrência. Isso também pode ser feito pela Central de Atendimento à Mulher, discando 180.