É problema de quem?

Na última semana, a Gazeta trouxe em sua capa uma reportagem onde informou que a cidade possui abastecimento de água para mais seis meses caso não ocorra chuvas suficientes. Houve quem comemorou a informação e houve quem se preocupou.

Afinal, seis meses sem chuvas abundantes podem ocorrer, ou não? Afinal, estamos vivendo uma crise nunca vista no Estado devido à baixa no sistema Cantareira, ou não?

Mas, afinal, se a chuva não vier e se a água não descer pela torneira? Ou se descer, mas em quantidade menor, o problema é de quem?

Uma semana após a reportagem ser divulgada, á comum passar pelas ruas e ver pessoas com mangueiras lavando seus carros, calçadas e parecendo alheias a tudo que se tem falado sobre o tema. A falta d’água, parece ser para elas, assunto de novela ou realidade distante.

A Prefeitura, apesar de estar com 100% de abastecimento na Represa Municipal, está com 20% na Represa Iracema, a segunda fonte de água do município. E, apesar de considerar, o abastecimento estável, pede à população que economize e gaste com consciência.

Esse assunto já foi há meses tratado neste espaço, mas parece não se esgotar. Hoje, quando se fala das crises em abastecimento, parece que o problema é dos governantes, e não deixa de ser. Em nosso caso, por exemplo, poderíamos estar mais tranqüilos. A obra da ETA parou em 2012 e, com ela, o abastecimento da cidade aumentaria em 50%.

A Prefeitura diz que levanta recursos e deve retomá-la em breve. A licitação está feita. Mas fora casos como este, fica novamente a pergunta, se a água parar de cair na torneira, o problema é de quem? Será de todos que precisam dela e, principalmente, de quem não usa com consciência.