A família


Publicado em 21 de fevereiro de 2014

Um adolescente de 13 anos foi detido vendendo drogas na madrugada desta quarta-feira em Itu. De acordo com a Guarda Civil Municipal, o menino já era conhecido na cidade por comandar um esquema de tráfico de drogas e, por isso, já tinha cerca de 100 passagens registradas na polícia.

Menores de idade, que se tornam conhecidos pelas passagens pela delegacia não são novidade, nem em Itu, ou Limeira, ou Iracemápolis. Notícias como essas têm se tornado comuns nas grandes cidades e também pelo interior.

Cada vez mais, se tornou normal também ouvir sobre uso de drogas entre adolescentes e crianças. Uso que, em boa parte dos casos, se resulta em furtos e até mesmo assaltos para que o vício seja mantido.

A culpa, de muitos desses casos, dizem especialistas, não está na escola, ou na polícia, não está nem mesmo no Estado. O buraco é muito mais fundo.

Em boa parte dos casos, esses adolescentes são reflexos de famílias que não deram a eles a estrutura devida para se interessar mais em estudar e trabalhar do que pelo crime. Claro que há exceções, há muitos pais e mães que se esforçam muito, mas não conseguem impedir que os filhos tomem caminhos como o do jovem citado acima. Porém, basta uma conversa com entidades que mantém abrigos nessas cidades ou cuidam dos diretos dessas crianças e a resposta será sempre semelhante: falta família.

Falta apoio, acompanhamento de perto, lar estruturado. Muito mais do que bens materiais, as crianças e adolescentes hoje, clamam por atenção e por espaço. Quando não há apoio ou diálogo no lar, muitos acreditam, facilmente, nas histórias que ouvem fora de casa e aí está o perigo.

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