Início de ano: especialistas orientam sobre pagamento de impostos

As despesas em janeiro e fevereiro aumentam e exigem organização e planejamento


Publicado em 9 de janeiro de 2015
IPVA está entre as contas que mais preocupam no início de ano e exige organização (Foto: Divulgação/Imagem Ilustrativa)

IPVA está entre as contas que mais preocupam no início de ano e exige organização (Foto: Divulgação/Imagem Ilustrativa)

Passada a euforia das festas de fim de ano, das compras de Natal com parcelas a perder de vista e das viagens de férias com família, o consumidor volta à rotina e se depara com uma série de obrigações tributárias como IPTU, IPVA – além de outros compromissos como compras de material escolar e o pagamento de seguros. E se essas contas não forem bem administradas, podem causar sérios prejuízos ao bolso. Além disso, há sempre aquela dúvida: devo pagar os impostos a vista ou parcelá-los ao longo do ano?

Para os especialistas do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e do portal Meu Bolso Feliz, não existe uma fórmula mágica para evitar o aperto no bolso. A decisão de sair do vermelho ou então de se manter financeiramente no azul, requer disciplina tanto na hora de traçar o planejamento das contas domésticas quanto na hora de conter os gastos supérfluos.

“O volume de despesas em janeiro e fevereiro é grande e por isso, a palavra-chave é organização. O planejamento é essencial para que o consumidor saiba para onde e o quanto está gastando de dinheiro. A primeira coisa a se fazer é listar todas as despesas fixas ou ocasionais e avaliar quais são prioritárias – incluindo as prestações de Natal -, seja pela proximidade de vencimento do boleto ou pelo juro mais alto. Sem esquecer é claro, das contas essenciais para o funcionamento da casa, como luz, água, telefone e supermercado”, orienta a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
IPTU e IPVA: a vista ou a prazo?

Segundo os especialistas do SPC Brasil, para o consumidor decidir se vai pagar o IPTU e o IPVA a vista ou parcelado é preciso calcular se o desconto obtido no pagamento das contas a vista é maior do que o valor que esse dinheiro renderia caso estivesse em alguma aplicação financeira. “Vale lembrar que o consumidor tem que ter disciplina para não gastar o dinheiro reservado para pagar as contas com compras supérfluas”, alerta a economista.

Na maior parte das regiões do Brasil, é oferecida a opção de pagar o IPVA em quota única – com desconto em torno de 5% sobre o valor total do imposto – ou em, no máximo, quatro parcelas, mas sem qualquer desconto.

No caso do IPTU, a maioria das secretarias de Fazenda do país oferece descontos para pagamentos a vista em torno de 4 e 7%. Por conta dos valores mais altos, no entanto, os prazos de parcelamento são um pouco mais estendidos: a quantidade de parcelas oferecidas ao contribuinte pode chegar até dez vezes, porém sem qualquer desconto.

SE PREPARAR É IMPORTANTE

A sugestão dos especialistas do SPC Brasil é que para os próximos anos, o consumidor vá separando todo mês um determinado valor para quitar esses compromissos de início de ano. “O ideal é que ele faça uma pequena economia mensal em uma conta poupança separada. Assim o consumidor não cai na tentação de gastar o dinheiro com outras finalidades”, garante a economista. Além de tudo, vale lembrar que os gastos de início do ano são sempre previsíveis, ou seja, dá para se planejar ao longo do ano para começar o novo ciclo com mais tranquilidade.

Deixe uma resposta

Você precisa fazer o login para publicar um comentário.