Líder da Ágape retorna de viagem em missão com refugiados da guerra


Publicado em 14 de outubro de 2016

Mayta Castilho
Especial para a Gazeta

Patrícia participou de trabalhos na Turquia e na Grécia (Foto: Patricia/Acervo Pessoal)

Patrícia participou de trabalhos na Turquia e na Grécia (Foto: Patricia/Acervo Pessoal)

A líder da Comunidade Ágape, Patrícia da Silva Lima, 34, retornou na última semana de uma viagem de 15 dias à Turquia, onde participou de um projeto da base missionária Jocum de Campinas, que enviou uma equipe de dez pessoas para prestar assistência aos refugiados da guerra na Síria. Além da Turquia, o grupo visitou um campo de refugiados na Ilha de Lebos, na Grécia, onde passaram sete dias atendendo vítimas da guerra.

À Gazeta, Patrícia contou sobre seu trabalho.

Qual foi o objetivo da missão?
O principal objetivo foi poder estar com eles o tempo necessário, dando assistência, amando e demonstrando amor com atitudes.

Como foram os trabalhos?
O trabalho no campo exige muito da gente, tanto físico como emocional. Os trabalhos eram divididos em três etapas: primeiro acolhíamos os refugiados assim que chegavam do mar, em seguida os encaminhávamos para a troca de roupas, pois estavam molhados, e distribuíamos alimentos. Logo após eram levados para alojamentos no campo. Fazíamos todo o trabalho de organização de roupas, limpeza e atendimento às famílias.

Vemos pouco na mídia sobre o que tem acontecido na Síria e sobre as condições em que estão vivendo os refugiados da Guerra em outros países. Qual a realidade que essas pessoas têm enfrentado?
Estão vivendo em meio a um fogo cruzado de interesses dos mais diversos e em completo abandono. As consequências disso são a fome e a morte de crianças e adultos. As que ficam vivas ou ficam no país são privadas de tudo ou tem que se aventurar no mar, arriscando suas vidas para tentarem pelo menos sobreviver, mas sem perspectiva alguma.

Como foi esta experiência para você?
Tornou-se parte de mim. Entendi que o problema delas é um problema meu também. Me deparar com crianças famintas, famílias desfeitas e ouvir da boca de uma criança “perdi minha mãe, ela foi decapitada” me fez ver o quanto vale a pena estar ali servindo de alguma forma aquelas pessoas.

Deixe uma mensagem sobre o que você aprendeu nesta missão.
Apenas um texto bíblico para que possamos entender o real valor da vida.: “Porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era forasteiro e me acolhestes; Estava nu e me vestistes; adoeci e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me; Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome e te damos de comer? Ou com sede e te damos de beber? Quando te vimos forasteiro e te acolhemos: Ou nu e te vestimos? Quando te vimos enfermo ou na prisão e formos te visitar? E lhes responderá o Rei: Em verdade vos digo que sempre que o fizeste a um destes meus irmão, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes”. Mateus 25:35-40.

Deixe uma resposta

Você precisa fazer o login para publicar um comentário.