Messias e Padovan questionam o aumento de salário para vereadores


Publicado em 1 de julho de 2016
"Esse aumento de 30% foi votado às pressas na calada da noite", dizem Messias e Padovan (Foto: Arquivo)

“Esse aumento de 30% foi votado às pressas na calada da noite”, dizem Messias e Padovan (Foto: Arquivo)

Na última segunda, já perto da meia noite, os vereadores deram um jeito de driblar a crise e aprovaram durante a sessão um aumento de 30% em seus salários.

O aumento passará a valer já em 2017 e o salário de vereador, que hoje é de R$ 2,8 mil, passará para R$ 3,9 mil. Já o presidente da Câmara terá o salário elevado para R$ 7,2 mil mensais.

O aumento foi proposto pelo presidente do Legislativo, Pedrão do Noé (PV), e recebeu seis votos favoráveis, três contras e duas abstenções. A medida é polêmica e vai contra as ações de contenção de gastos em período de crise.

Votaram a favor do aumento: Pedrão do Noé (PV), Valdenito Almeida (PT), Juca do Ponto (PP), Donizete Stein (PP), William Mantz (PSD) e Missionária Elaine (PSC). Contra o projeto, ficaram Messias (PPS), Padovan (PSDB) e Valzinho (PT). Já Sid Buck (PV) e Perci (PCdoB) optaram em se abster e não votaram a favor nem contra.

O vereador Padovan falou sobre o assunto para a imprensa e disse que não concorda com a medida. “Esse aumento vai contra o bom senso, principalmente pela dificuldade financeira que o país está enfrentando”, disse.

O aumento para a Câmara chega a ser cinco vezes maior que o reajuste dado ao funcionalismo público de Iracemápolis no início do ano. É também o triplo do índice de inflação tido como base para reajustes.

Messias concorda com Padovan e faz críticas à forma como o projeto foi votado. “Foi o último projeto a entrar na pauta, tarde da noite, com o plenário já vazio”, disse.

“Os demais funcionários públicos não tiveram o aumento adequado e acredito que 30% para os vereadores é uma elevação extremamente desnecessária, ainda mais diante da crise econômica”, completou.

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