Mortes na igreja


Publicado em 14 de dezembro de 2018

Embora nossa editoria cubra apenas acontecimentos locais, há casos que acontecem fora de Iracemápolis que devem ser citados. O caso do atirador que matou cinco pessoas durante uma missa em Campinas-SP e se suicidou em seguida é um deles.

O fato ocorrido em nossa região foi destaque nos principais noticiários do Brasil. Em cada matéria publicada, paira a pergunta que não quer calar: o que leva um ser humano a um ato tão covarde e brutal?

Quem poderia suspeitar que um homem de boa aparência, meia idade, bem vestido, sentado nos bancos da catedral, fosse capaz de tal atrocidade? Um homem acima de qualquer suspeita, de boa família, sem antecedentes criminais. Quem poderia imaginar? Ninguém!

As vítimas, assim como o Brasil que na tarde da última terça-feira, 11, recebeu a notícia do ataque, foram pegas de surpresa, sem chance de defesa.

O caso trouxe a tona mais uma vez a polêmica da legalização do porte de armas, defendido pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro. Embora já tenha sido divulgado que as duas armas encontradas com o atirador tinham a numeração raspada, há quem diga que a liberação do porte de armas tornará comum este tipo de crime, como acontece nos EUA.

Por outro lado há quem defenda que quem quer cometer um crime não atenta se ter uma arma é legal ou não, o criminoso consegue uma de forma ilegal.

A discussão foi levantada e discutida novamente, mas a resposta só o tempo dará.

A polícia agora investiga os casos, refaz os passos do atirador, colhe depoimentos de familiares, a fim de desvendar os motivos do crime. Mas para quem perdeu um ente querido, para quem sobreviveu e para todos que receberam a notícia que enlutou o Brasil, fica apenas o lamento de uma pergunta sem resposta: Por quê?

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