Ajuda, mas não resolve


Publicado em 5 de setembro de 2014

A chuva que caiu nesta semana, segundo estudiosos do clima, na região, ajudou, mas não resolve os problemas hídricos enfrentados em todo o Estado.

Com ela, foram beneficiadas plantações rasas e, claro, a umidade do ar melhora – o que tem benefício sentido diretamente na saúde. Mas em relação ao consumo de água, a lei que proíbe o desperdício com a lavagem de calçadas e carro continua valendo.

Para resolver o problema dos mananciais, prevêem especialistas, serão necessários ainda muitos dias de chuva. A Represa Iracema continua com baixa vazão, por isso é tão importante manter a economia.

Falando nela, na semana passada uma decisão da Prefeitura definiu proibição para lavagem de túmulos nos cemitérios. Para muitos pode parecer óbvio, se não se lava a calçada, também não se lava túmulos, mas não foi. Segundo nota da Prefeitura, a ação foi flagrada e, por isso, a proibição que pode render multa.

Outro ponto sobre isso que têm causado descontentamento são os vigilantes da água. É muito positivo ver que há muitos populares percebendo a necessidade da economia e denunciando quem não está adepto às mudanças. Afinal, quando falta, falta para todos e não apenas para quem gastou irresponsavelmente.
Porém, expor essas pessoas em redes sociais ou fazer disso um motivo para ridicularizá-las não é positivo. A Prefeitura criou e-mails e um telefone para que as denúncias sejam feitas sem que ninguém seja envergonhado. A fiscalização cabe a todos, mas o julgamento, ao órgão responsável.

Houve um caso, nesta semana, em que uma cidadã teve seu rosto e endereço expostos na internet. Isso não resolve o problema, pelo contrário, cria outros. Claro que há quem pense que, pelo menos, essa é uma forma de forçar a economia. Mas o ideal ainda é se informar, verificar se essa pessoa tem conhecimento sobre a lei e as alterações que são necessárias.

Também é importante chamar o setor responsável. Se este falhar, aí sim, cabe um protesto. Mas protesto contra o setor competente se chegar a negligenciar o seu papel e não contra o cidadão que, apesar de estar errado, tem o direito de ser preservado.

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