Caso de criança que pôs pilha no nariz segue sem solução

Menina de quatro anos ficou um mês e meio com material no nariz devido falha médica


Publicado em 31 de janeiro de 2014

O caso da criança de Iracemápolis que ficou um mês com uma pilha na narina continua. De acordo com a mãe, agora a família busca tratamento por meio da Unicamp após diversos erros do hospital em que a família tinha plano de saúde. O caso chegou a ser denunciado pela imprensa regional.

De acordo com o registro policial, a garotinha de quatro anos retirou uma das baterias redondas de um brinquedo e colocou dentro de uma das narinas. Assim que a pilha entrou, ela começou a sentir dor e reclamar com a mãe.
Segundo Adriana Oliveira, mãe da menina, a pediatra plantonista examinou a criança, mas afirmou que o objeto não estava em suas vias aéreas. “Desconfiei e pedi que ela fizesse um raio-x, mas a médica disse que não havia necessidade, receitou um anestésico e nos liberou”,disse.

Desde então, a menina passou a ter febre alta e sentir gosto de metal na boca. “Ela até parou de beber leite por causa do sabor de ferro e, por não se alimentar direito também começou a perder peso”, relatou. Adriana passou com outros médicos, mas ninguém identificava o motivo das dores. “Não contei sobre a bateria, porque a médica garantiu que não estava no nariz dela. Achei que as dores e febre eram consequências do machucado que se formou por causa do atrito até que, anteontem um mês e meio depois, ela expeliu o objeto. O problema é que eu aplicava o anestésico com cotonete, ou seja, empurrava cada vez mais a bateria para dentro. Ela poderia ter morrido se a aspirasse”, ressaltou.

Na noite do último dia 24, durante o banho, a menina ainda reclamava de dores no nariz, mas quando forçou, conseguiu expelir a bateria. “Estava toda enferrujada e cheirava forte”, detalhou. A mãe registrou o ocorrido no Plantão Policial e disse que entrará na Justiça para garantir um acompanhamento médico para filha, já que perdeu o plano de saúde. “Como não melhorava precisei ficar com ela e acabei perdendo meu emprego e, com ele, o plano de saúde”, explicou.

OUTROS PROBLEMAS

Após a divulgação do caso, a mãe retornou ao hospital onde outro médico pediatra atendeu a menina após ter passado pela Assistência Social do local. A garota passou por vários exames de sangue, raios- X no abdome, crânio e aparelho respiratório. A menina chegou a ser diagnosticada com pneumonia e foi receitado um antibiótico. “Comprei a medicação no sábado e comecei afazer uso dele. Dois dias depois, o hospital me ligou e disse que o médico de outra especialidade discordava do diagnóstico. A orientação era que parasse com o remédio pois o laudo não era esse”.
A mãe relatou que toda a família está muito confusa com o fato. “O caso está muito complicado e requer cuidados especiais por tempo indeterminado, já que os componentes da bateria são tóxicos provocando lesões gravíssimas”, desabafou a mãe.
A Gazeta entrou em contato com o hospital Unimed, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.

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