Para nunca mais esquecer


Publicado em 4 de abril de 2014

Nesta semana, o Golpe Militar de 1964 completou 50 anos. O período ainda está vivo na memória do País como um tempo de violações da liberdade, dos direitos humanos e que deixou milhares de mortos, desaparecidos e torturados e se prolongou por 21 anos, até 15 de março de 1985 com a posse do civil José Sarney e a instauração da Nova República.

Sim, há quem defenda o período alegando que a segurança era melhor, havia mais respeito e há ainda quem acredite que foram os anos de ouro da economia, questão, que já foi desmentida por especialistas da área.

O período deixou, isso sim, muitos órfãos de presos políticos, mães que choraram o desaparecimento dos filhos e marcas profundas na vida de muitos que tentaram cantar ou falar contra o sistema operante neste tempo.

Nada que impede a liberdade do outro e tenta tirar a capacidade de discordar pode ser positivo. Estamos hoje numa democracia e tudo que militantes passaram e lutaram para poder se expressar precisa ser garantido.

Talvez não haja mais torturados ou mortos por se colocaram contra a algum projeto ou governo. Mas estamos ainda em um país em que a liberdade é pouco aceita. A verdade só pode ser considerada se for a verdade que alguns defendem. Questionar, refletir, procurar entender e até discordar é um dos bens mais preciosos de um ser humano.

Que possamos fazer valer todos os dias a liberdade conquistada por militantes há décadas, não se acomodando com o que incomoda, seja isso na política, na carreira ou em qualquer outra área. Os fatos do golpe estão aí pra gente nunca mais esquecer. Ditadura nunca mais e em seguimento algum.

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