Comércios que agregam


Publicado em 22 de maio de 2015

Quem entra na Barbearia Demarchi, no centro de Iracemápolis, comprova um velho e conhecido ditado: “Barbearia é Cultura”. Tanto é que o proprietário Rodrigo Demarchi, de 36 anos, montou dentro dela uma galeria repleta de caricaturas de gente famosa. São dezenas, todas muito engraçadas, que divertem e alegram o ambiente.

 
Em uma parede, é possível ver o desenho de personalidades como Albert Einstein, Elvis Presley, Silvio Santos, Mr. Bean e Madre Teresa de Calcutá (que os mais engraçadinhos dizem ter ficado com a cara do “Nelão Santista”, personagem folclórico de Iracemápolis). De início, os retratos eram feitos por Luciano Moraes, um artista de Araras. Na época, ele desenhou gente da cidade como “Chicão do Cartório”, “Adão do Bar”, “Titi do Apito” e “João Pipoqueiro”. Mas depois, com o tempo, o próprio Rodrigo aprendeu a fazê-los.

 
Sou fã desses locais que, mais do que atender ao cliente, agregam algo. A pessoa paga pelo serviço, mas leva para casa um pouco de cultura e conhecimento. No caso aqui, a barbearia existe desde 1948 e, portanto, é um dos comércios mais tradicionais de Iracemápolis. Rodrigo a coordena desde 2000. Antes, ela pertenceu ao Sr. José Demarchi, de quem é filho e quem o influenciou a seguir a profissão.

 
Esse é um grande exemplo de comércio que deu certo, mas não é o único. Em nossa cidade, há outros que também resistem ao tempo, funcionam há várias décadas e são importantes para a história local. Recentemente, escrevi aqui sobre o Pedágio, da minha amiga Dora, e ainda podemos citar muitos outros, como a papelaria do Palmiro, o cartório do Bráulio ou a sorveteria do Miguel (só para citar três, entre vários).

 
São comércios que resistem ao tempo graças a uma tradição que fideliza o cliente: amizade e simplicidade.

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