Família x Escola: Uma Parceria Necessária


Publicado em 4 de abril de 2014

Nas últimas duas semanas, professores e funcionários de escolas viraram alvos de diversas acusações em rede social, entristecendo a muitos e indignando outros tantos. Falas infelizes que generalizam todos os profissionais da educação como sendo despreparados e que trabalham apenas por dinheiro.

Em primeiro lugar, esses profissionais não trabalham por dinheiro, pois se fosse por isso, estariam em outra há muito tempo, porque os salários são irrisórios. Qualquer professor acharia outra coisa para fazer que pagaria muito mais, e eles são capacitados para qualquer outro serviço também, porque dentro da escola, além de todo o currículo a ser cumprido, acabam sendo psicólogos (rapidamente teriam uma segunda graduação e abririam uma clínica), artistas (desenvolvem trabalhos de artesanatos, coreografias e afins com as crianças, rapidamente abririam alguma coisa desse tipo e com certeza também ganhariam mais), sabem trabalhar em condições difíceis e reciclar (também poderiam criar uma empresa de reciclagem que com certeza, também ganhariam mais), além dos outros dons que sabemos que eles tem: culinária, gestão, música e tantos outros que garantiriam um “ganha pão” digno, portanto, não são nada despreparados. A verdade é que ficou muito fácil falar nas redes sociais. Tudo se coloca ali e ali se instigam outros a crerem em algo que na maioria das vezes é dito para conturbar ou prejudicar um trabalho, pessoas, sem que sejam medidas as consequências disso. Eu apenas me pergunto, às vezes, se antes da rede social era tudo maravilhoso, tudo perfeito… Era? Ou onde estavam os “protetores dos fracos e oprimidos” de outrora… Onde?
Fato é que os profissionais da educação continuam ali porque amam o que fazem. Serventes, merendeiras, auxiliares, professores e gestores, todos são educadores dentro de uma escola e estão ali para fazer o melhor que podem.

Existem exceções? Sim! Como em qualquer área, tem sempre aquele que foge aos padrões e desliza, e nesses casos precisa-se sim de advertências e punições.

O primeiro caminho sempre é o diálogo. Aquele feito “olhos nos olhos”, não por telefone, nem por rede social. A presença dos pais na escola é fundamental. Não adianta os pais telefonarem ou escreverem em rede social quando não aparecem na escola para saber o que houve, quando não aparecem em reuniões de pais e mestre, não acompanham o desenvolvimento dos filhos e ainda ficam bravos quando a criança leva lição de casa.

Graças a Deus, esses tipos de pais também são exceção. Nas escolas, a maioria participa, apoia, ajuda e pede para ser ajudada. Alguns vêm e conversam com tanto carinho com os professores e funcionários, que às vezes dá vontade de abraçá-los bem forte e segurá-los na escola. São aqueles que sabem que a escola é uma aliada na conquista de um futuro melhor para seus filhos. Nesse mundo que estamos vivendo, somente a Educação (do Lar e da Escola) vai garantir a cidadania efetiva de uma pessoa, e isso começa quando ainda somos crianças.

Por fim, gosto muito da frase de John F. Kennedy, (presidente americano, morto em 1963): “Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país.” Trago essa frase para mais perto da gente: não vamos somente perguntar o que nossa cidade, nossas escolas, nossos professores, nossos vizinhos, nossa família, podem fazer por nós e por nossos filhos. Vamos também perguntar o que nós podemos fazer para nossa cidade, nossas escolas, nossos vizinhos, nossa família, de maneira que nossas ações tragam contribuições e soluções para o bem comum, gerando desenvolvimento, convivência e cidadania mais digna e com mais respeito.

 

 

Deixe uma resposta

Você precisa fazer o login para publicar um comentário.