Marca-passo uma descoberta feita por acidente


Publicado em 3 de outubro de 2014

Nos anos 50, Wilson Greatbatch, hoje falecido, deixou a Marinha americana e foi trabalhar como pesquisador médico. Ele estava construindo um oscilador para gravar sons do coração quando tirou o resistor errado de uma caixa. Quando Greatbatch montou o dispositivo, ele começou a emitir um pulso elétrico rítmico. Foi aí que ele percebeu que a invenção dele poderia ser usada como um marca-passo. Ele passou dois anos refinando seu dispositivo e recebeu uma patente pelo primeiro marca-passo implantável do mundo.

Antes disso, os marca-passos eram do tamanho de uma televisão e davam choques nos pacientes durante o uso, então dá pra imaginar como um dispositivo implantável iria mudar a vida das pessoas. O primeiro marca-passo de Greatbatch foi implantado em um paciente de 77 anos que viveu mais 18 meses com o dispositivo. Em 1985 este marca-passo foi reconhecido pela National Society of Professional Engineers como um dos dez maiores avanços da engenharia nos últimos 50 anos.

À medida que os marca-passos evoluíam, Greatbatch ficava cada vez mais frustrado com a tecnologia das baterias e as limitações que ela impunha. No início dos anos 70 ele deixou o mundo dos marca-passos e começou a fabricar baterias de lítio. A empresa dele, Greatbatch Inc., chegou a fornecer 90% das baterias para marca-passo de todo o mundo.

Nos últimos anos Greatbatch se dedicou ao meio ambiente, pesquisa sobre AIDS e educação da geração futura. Ele ficou conhecido por seu espírito de inventor e nunca desistiu de um projeto, mesmo depois de contínuos insucessos. A persistência dele valeu a pena: ao falecer com 92 anos, Greatbatch tinha 150 patentes.

Fonte: Uol

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