A bunda moribunda do futebol Brasileiro


Publicado em 11 de julho de 2015

Dia 8, quarta-feira, anteontem, aniversariamos caríssimos brasileiros (as). Fizemos um ano do maior vexame da história do futebol. Foram sete gols, não mais nem menos, sete para os alemães e apenas um para nós, os “ex” melhores do mundo no esporte que mais amamos. Massacrados em casa. E a vida seguiu tentando nos ensinar, mas na cabeça hipócrita dos dirigentes do alto escalão do nosso futebol ainda é nítida a sujeira nebulosa e terrível. Estão acabando com o futebol e isso tem um único nome: DINHEIRO!

Um dos envolvidos no processo investigado pela Justiça norte-americana, o empresário José Hawilla, dono da Traffic, empresa de marketing esportivo, aceitou devolver US$ 151 milhões (R$ 473 milhões) ao fazer um acordo e assinar sua confissão. Em 12 de dezembro do ano passado, Hawilla, de 71 anos, assumiu as acusações de conspiração por fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça. No dia 14 de maio deste ano, foi considerado culpado por fraude bancária.

Empresa de Hawilla, a Traffic negocia direitos de competições com Conmebol, Concacaf e CBF. O empresário também é acionista da TV Tem, uma das afiliadas da TV Globo.

Destes US$ 151 milhões a devolver, US$ 25 milhões (R$ 78,8 milhões) foram pagos no momento do acordo, segundo o documento divulgado pela Justiça dos Estados Unidos. Além dele, outros dois réus assumiram-se culpados. Daryan Warner, filho de Jack Warner – ex-secretário de desenvolvimento da Fifa e também réu – devolveu mais de US$ 1,1 milhão (R$ 3,4 milhões) ao longo do processo em que foi acusado por conspiração para fraude, lavagem de dinheiro e estruturação de transações financeiras. Ele fez um acordo para devolver novos valores, ainda não definidos.

Charles Blazer, ex-secretário-geral e ex-membro do comitê executivo da Fifa, assumiu-se culpado nas acusações por conspiração para extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e evasão de imposto de renda. Ele devolveu US$ 1,9 milhão (R$ 6 milhões) ao longo do processo e também fez um acordo para novas devoluções.

A saber, José Hawilla é ai de São José do Rio Preto, jornalista, não se trata de nenhum “ET”. E por esse caminho trilham Blatters, Marins, entre outros bandidos que enojam o futebol, muitos, inclusive, mais perto da gente do que imaginamos.

Na vizinha Campinas, o Guarani F.C “ex-gigante” do futebol vende seu estádio Brinco de Ouro. Este é apenas um exemplo de grandes clubes endividados até o pescoço. Jogadores seguem calados, pelo menos a maioria daqueles que recebem milhares de reais por mês num país que em muitos lugares falta a infraestrutura mais básica.

O resultado está a olhos vistos. Ninguém mais nos respeita nos gramados. Nem podemos mais brincar de dizer que tal coisa é do Paraguai insinuando que a coisa em questão é de qualidade suspeita, pois acredite, o Paraguai está melhor que a gente. Roberto Firmino, o grande Firmino foi uma das maiores transações do futebol desse ano.

Caro Firmino, desculpem leitores pela indelicadeza, mas aquele gol que você não fez contra a Colômbia, eu fazia de bunda. É triste, mas o nosso futebol Moribunda!

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